Os tratamentos fisioterapêuticos para a constipação intestinal!

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Depois de falar sobre a constipação intestinal, o formato das fezes e a forma correta para evacuar, a fisioterapeuta Ana Paula Bispo aborda os tratamentos para as endomulheres que sofrem com a constipação crônica.

No texto, a fisioterapeuta, doutora em Urologia pela Unifesp, cita algumas alternativas de tratamento que devem ser realizadas por profissionais especializados, e que ajudarão a endomulher a evacuar melhor.

Porém, ela alerta que muitas delas já melhoram com a posição correta para evacuar. Outro alerta é sobre ingerir água. A profissional reitera que beber água ajuda o intestino a funcionar melhor.

Nenhum alimento é capaz de curar a doença, mas, além disso, todas nós sabemos que cultivar hábitos saudáveis, entre eles, ingerir fibras e alimentos in natura os chamados ‘comida de verdade’ melhora o trânsito intestinal.  

Além do mais, a informação correta é sua melhor aliada para resgatar e ou melhorar sua qualidade de vida. O próximo texto será um autoral meu falando mais sobre as fezes das portadoras de endometriose. Beijo carinhoso! Caroline Salazar

Os tratamentos fisioterapêuticos para a constipação intestinal!

Por doutora Ana Paula Bispo 
Edição: Caroline Salazar

O tratamento fisioterapêutico para constipação intestinal crônica tem como objetivo a eliminação de fezes com consistência normal e o esvaziamento total do intestino.

Orientações gerais:

O esclarecimento da paciente começa durante o exame, ao serem discutidos os hábitos alimentares, orientando-as a procurar um nutricionista, hábitos de esvaziamento do intestino.

Deve-se alertar para as consequências negativas que o uso da prensa abdominal (nota da editora: contração da musculatura abdominal incluindo o diafragma) durante o esvaziamento acarreta para a bexiga, intestino e o assoalho pélvico. 

Posicionamento para evacuar:

O ensino do posicionamento correto para evacuar, na maioria das vezes, é suficiente para promover o esvaziamento total e sem esforço. Clique aqui e saiba mais.

É importante alertar a paciente a não adiar a ida ao banheiro: o conteúdo intestinal continua endurecendo na luz do reto, tornando a evacuação mais difícil e dolorosa.

Prática de atividade física:

A prática de atividade física é importante, pois além de melhorar a constipação intestinal crônica, a mobilidade incentiva o peristaltismo intestinal (nota da editora: movimento que o intestino faz para empurrar o bolo intestinal), reduzindo a duração do trânsito gastrointestinal.

Massagem do cólon:

Esse tipo de massagem melhora o peristaltismo intestinal e facilita o esvaziamento do reto. Pode ser feito tanto pelo fisioterapeuta quanto pela própria paciente, desde que devidamente orientada.

Consiste em massagear o colón ao longo de seu trajeto, realizando movimentos circulares sempre no sentido horário.

Biofeedback:

Muitos pacientes encontram dificuldades quando têm de perceber a musculatura do assoalho pélvico e contrair e relaxá-la corretamente.

O aparelho do biofeedback é utilizado para ajudar a paciente a realizar a contração e o relaxamento corretos desses músculos.

Método do balão:

O balão é introduzido no reto para ajudar a paciente a treinar a atividade reflexa da musculatura do reto e dos esfíncteres, a aumentar a elasticidade do reto e a aumentar a sensibilidade do mesmo.

Como na constipação há uma diminuição da sensibilidade retal, a paciente não percebe a necessidade de evacuar.

O método do balão visa melhorar a sensibilidade do reto para pequenos volumes, de modo que a paciente volta a sentir a necessidade de esvaziar o intestino.

Sobre a fisioterapeuta Ana Paula Bispo:

Ana Paula Bispo é fisioterapeuta, doutora em Urologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e mestre em Ginecologia pela Unifesp, mesma instituição que fez especialização em Reabilitação do Assoalho Pélvico. Siga a fanpage da doutora Ana Paula Bispo.

Imagem: Deposit Photos/ Caroline Salazar

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