Por Caroline Salazar
Infelizmente ainda é muito comum escutar de mulheres que descobriram ser portadoras de endometriose após dois, três, cinco, seis e, pasmem, até 10 anos tentando engravidar. A infertilidade é uma doença – reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por meio da Classificação Internacional da Doença (CID) – e deve ser levada a sério!
Junho é o mês mundial de conscientização da infertilidade. Segundo a OMS, o casal pode ser considerado infértil se estiver há mais de um ano tentando engravidar, mantendo relações sexuais frequentes e sem o uso de preservativos. É sabido que acima dos 35 anos, o prazo é de seis meses.
Cerca de 15% da população mundial é infértil, o que dá em torno de 50 a 80 milhões de pessoas. Isso significa que um a cada cinco casais tem dificuldade de conceber naturalmente. No Brasil estima-se cerca de 8 milhões de pessoas.
Apesar de muitas vezes colocar a responsabilidade na mulher, é importante lembrar que tanto o homem quanto a mulher podem ser os responsáveis pela infertilidade. Dados mostram que 40% vêm da mulher e 40% do homem e 20% tem causas desconhecidas.
A endometriose é responsável por cerca de 30 a 50% da infertilidade feminina. Esse número corresponde principalmente às que são assintomáticas, ou seja, àquelas que não têm cólica menstrual ou nenhum outro sintoma da doença.
Muitas endomulheres que não conseguem engravidar naturalmente num primeiro momento, conseguem após cirurgia de excisão. Mas também há casos que mesmo após cirurgia bem-sucedida é preciso recorrer à reprodução assistida para realizar o desejo da maternidade.
Já no homem a causa mais comum de infertilidade é a baixa contagem de espermatozoide ou baixa qualidade dos espermas ou ambos. Por isso acho muito importante uma avaliação médica do casal antes de iniciar as tentativas.
É preciso saber como está a saúde reprodutiva o casal. Vá ao seu ginecologista/ obstetra com seu parceiro e com certeza ele saberá instruí-la. Inclusive é aconselhável fazer a consulta de preconcepção, momento em que o médico dá orientações acerca da imunização, administração de ácido fólico, exames, entre outras providências.
Uma das coisas que eu, particularmente, acho importante é não esperar para procurar ajuda, logo que perceber que algo não vai bem, procure ajuda, vá sempre a alguém especializado no assunto.
Independente do que seja, procurar ajuda o mais rápido possível, aumentam as chances de resolver o problema. E nunca se esqueça de que ter o direcionamento correto, com certeza, faz toda diferença em qualquer tratamento.