“Com a Palavra, o Especialista”, Doutor Hélio Sato!

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Em “Com a Palavra, o Especialista”, o doutor Hélio Sato tira dúvidas sobre o congelamento de óvulos. Há muita confusão e falta de informação sobre o assunto. Você sabe se existe uma idade ideal para fazer o procedimento? Quais condições devem levadas em consideração para realizar o congelamento?

A outra questão é sobre como a paciente e ou o casal devem proceder se decidirem mudar de clínica e ou médico antes da implantação. É preciso realizar o procedimento de coleta novamente ou dá para transferir de uma clínica para outra?

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Atenção: Esta coluna existe para tirar sua dúvida e para que você vá mais informada na sua próxima consulta. Porém, ela não substitui sua consulta médica, e, em hipótese nenhuma, tratamos de casos específicos nesta seção.

– Qual a idade ideal para fazer congelamento de óvulos? E quais condições devem ser levadas em consideração? Maria Garcia – Belém, Pará

Doutor Hélio Sato: Ao direcionar a resposta de acordo com a preocupação, pode-se afirmar que quando a decisão estiver definida quanto antes a mulher fazer o congelamento dos óvulos melhor, pois quanto mais jovem a mulher, maior a quantidade de óvulos captados e maior a qualidade dos óvulos.

Mas genericamente sem considerar caraterísticas e situações específicas sugere-se que seja abaixo de 35 anos, porém pode ser feito acima desta idade.

E, os principais parâmetros que determinam o sucesso e a indicação do tratamento são, além da idade, a reserva ovariana e a condição financeira da paciente.

Cumpre ainda citar que além do congelamento dito “social”, ou seja, postergação da gravidez por razões ou limitações pessoais, o congelamento de óvulos pode ser feito por indicação “médica” e os principais fatores são:

  • tratamento de um câncer, pois, a eventual radioterapia e/ou quimioterapia interferem na quantidade e/ou qualidade dos óvulos;
  • indicação de cirurgia ovariana – nesta situação, a manipulação cirúrgica dos ovários pode reduzir a reserva ovariana dependendo do tamanho do cisto/nódulo no ovário e sua origem, como o endometrioma ou suspeita de câncer e, deste modo, prejudicar significativamente a quantidade de óvulos.

Finalmente, os programas de doação e ou compartilhamentos de óvulos, também podem recorrer ao congelamento dos óvulos como meio para alcançar as metas.

– Após congelar os óvulos ou os embriões com um médico, quando for utilizá-los é necessário que o procedimento seja com o mesmo médico? Se a paciente decidir mudar de médico, precisará fazer todo o procedimento de retirada dos óvulos novamente? Rose Oliveira – São Paulo, SP

Não necessariamente, pois os óvulos e embriões pertencem à paciente ou casal e, se a decisão for a mudança de médico ou clínica ou laboratório, a alteração deve ser feita de acordo com a manifestação da paciente/casal.

Os óvulos, espermatozoides e embriões podem ser transportados para outra clínica desde que haja comunicação entre ambas e assinatura dos termos de transportes que obrigatoriamente deve ser feito por empresa especializada.

Sobre o doutor Hélio Sato:

Ginecologista e obstetra, Hélio Sato é especializado em endometriose, em laparoscopia e em reprodução humana. Tem graduação em Medicina, Residência Médica, Preceptoria, Mestrado e Doutorado em Ginecologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e foi corresponsável do Setor de Algia Pélvica e Endometriose da mesma instituição. 
Hélio Sato tem certificado em laparoscopia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e de Obstetrícia. É membro da AAGL “American Society of Gynecology Laparoscopy” e é sócio fundador da clínica de reprodução humana LABFORLIFE.

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