No último dia 30 de novembro encerramos as inscrições das cidades paticipantes da EndoMarcha 2018, no dia 24 de março, no penúltimo sábado do mês internacional de conscientização da endometriose. A cada ano nossa caminhada em prol da conscientização da endometriose cresce. E eu fico muito grata por isso.
Infelizmente para a de 2018 teremos a baixa de Porto Alegre. A Silvia, infelizmente, não poderá continuar na coordenação e não houve nenhuma interessada em coordenar a marcha lá.
Apesar de estar muito contente com adesões de importantes cidades como Belém, no Pará, e Feira de Santana, na Bahia, não ter POA deu sim, uma tristeza. Com isso, a Silvia percebeu o que eu já sei faz tempo: falta de intersse das próprias portadoras em continuar com a EndoMarcha – numa cidade que participava desde a primeira edição em 2014 -, que é o único movimento mundial que luta pelo diagnóstico precoce e pelos nossos direitos.
Infelizmente muitas preferem reclamar à arregaçar as mangas e ir à luta. E pensar que quem levou a caminha para a capital gaúcha foi uma menina que, na época, tinha apenas 18 anos. Muito obrigada, Giselle, você é um exemplo a ser seguido. Que mais jovens se inspire em sua coragem, garra e força de vontade.
E você tambem, Silvia, obrigada por esses dois anos de parceria. A Sílvia mora em Ijuí, e nos últimos dois anos viajou mais de 400 quilômetros para fazer acontecer a EndoMarcha POA.
As portas estarão sempre abertas para vocês. E meu muito obrigada também à Kátia, mãe da Giselle, que sempre apoiou a filha e a ajudou a executar com maestria os dois primeiros anos de EndoMarcha POA.
Os principais obejtivos da EndoMarcha é conscientizar e chamar atenção da sociedade sobre uma doença muito cruel, que pode afetar meninas e mulheres em qualquer faixa etária, sem distinção de idade.
As 14 cidades oficiais que realizarão a 5ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose são: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG) – os principais estados da região Sudeste -; Londrina, Curitiba e Maringá (PR), Florianópolis (SC) – a região Sul ainda é a que tem mais cidades -; Campo Grande (MS) e Brasília (DF) – ambas do Centro-Oeste -; Boa Vista (RR) e Belém (PA) – marcam a região Norte -; Fortaleza (CE), Salvador e Feira de Santana (BA), do Nordeste.
Há sete anos e oito meses o blog A Endometriose e Eu conscientiza a população sobre a endometriose e luta pelo reconhecimento da doença como social para que haja políticas públicas para as cerca de 10 milhões de endomulheres brasileiras.
Já conseguimos duas leis, uma em Campo Grande (MS), graças à EndoMarcha 2014, e em Boa Vista (RR), sancionada no último mês. Vou escrever um artigo sobre ela em breve. A de Campo Grande inspirou a de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Mesmo sendo um grande avanço isso ainda é pouco. Podemos fazer muito mais.
Porém, para que haja mais leis e políticas públicas efetivas é preciso que a doença seja reconhecida como social e de saúde pública. Não dá para inverter a ordem. A doença, em alguns casos, se torna incapacitante, mas se ela ainda não é reconhecida pelo governo e até hoje muitos ginecologistas ignora a doença, como um perito do INSS vai saber lidar com ela?
Para conseguirmos mais precisamos nos unir. E a EndoMarcha é o “nosso” momento, momento de unir nossas forças, de unir nossas vozes num só coro, em prol de nós mesmas, em prol da futura de geração de portadoras, seja nossas filhas ou nossas netas.
Não adianta sentar no sofá e ficar reclamando. Precisamos agir. Este é o nosso momento. Afinal, a marcha é para nós, portadoras, lutar pelos nossos direitos e também para conscientizar a sociedade sobre seus sintomas, pois só assim há de ter o diagnóstico precoce.
Não adianta se fechar em grupos e ficar em casa se lamentando. Precisamos agir, sair do mundo virtual para o real, sair às ruas e mostrar nossa “cara”, que somos muitas e que precisamos de respeito e de dignidade como ser humano. Vamos deixar de ser invisível!! Inscreva-se já, clique aqui, é rápido e gratuito. Beijo carinhoso, a capitã Caroline Salazar
